sábado, 13 de novembro de 2010

Errante

Ela escrevia poemas
Poemas que ninguém lia.


Ela escrevia músicas
Músicas que ninguém ouvia


Ela seguia sozinha
Ninguém a queria


Por que?
O porquê ninguém sabia


Ela se achava forte
Fágil como uma flor
Aquela flor presa em seus cabelos
Soltos ao vento


Ao vento ela dizia "leve minhas palavras ao mundo"
Mas o vento não a ouvia
Outra lágrima ela derramaria
Lágrima que ninguém veria
E sozinha ela continuaria.

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